09 julho 2007

Mão esquerda, mão direita

Pois é, mais uma vez cá estou eu a postar qualquer coisa, um mês depois de inactividade no blog.
Há uns dias surgiu-me subitamente uma série de pensamentos que me ajudou a elaborar uma teoria que penso que pode ajudar muita gente. Bem, ajudar não sei se será bem o termo, mas pode tornar a nossa sociedade (masculina) menos repugnante.
Não sei se convosco se passa o mesmo, mas a mim causa-me alguma confusão aqueles tipos que saem da WC sem lavar as mãos! Não é muito raro lá no emprego deparar-me com situações destas, mas por sorte essas pessoas costumam ser-me desconhecidas: "Ainda bem que não é da minha ala e apenas o conheço de vista..." - Isto significa que não vou ter de o cumprimentar.
Claro que o caso muda drásticamente em situações pontuais, como reuniões. Nesses casos, se houver possibilidade de cumprimento por aperto de mão mais vale avançar bruscamente e dar aquele abraço caloroso como se nos conhecêssemos há muito tempo...

Devido a estas razões, que eu acho algo incómodas, constrangedoras, repugnantes, etc, penso que se todos adoptássemos o princípio que enunciarei a seguir, tudo seria mais fácil. Claro que se isto não vos fizer confusão pode também não fazer sentido e nesse caso não existe razão para ainda continuarem a ler isto!
O que eu aconselho é, sempre que forem à WC efectivar necesidades fisiológicas de comportamento líquido, usem a mão esquerda! Esta prática bastante simples será benéfica para toda a gente, e especialmente para os dextros. Vejamos:
- Um dextro normalmente usa mais frequentemente a mão direita, pelo que certamente a mão esquerda estará mais asseada para manobrar o instrumento;
- Se tiverem de mexer em alguma coisa de uso comum depois do acto (essa coisa DEVIA ser a torneira da WC!) fã-lo-ão inconscientemente com a mão direita - garantia que não iriamos mexer em algo que tenha sido mexido por alguém que mexeu no badalo;
- Se tiverem de cumprimentar alguém fa-lo-ão com a mão direita;
- Se foram cumprimentados por alguém sê-lo-ão com a mão direita.

Como podemos ver existem muitas vantagens nesta prática extremamente simples, e sugiro que todos a adoptemos! Eu já procedo assim desde que me lembro (desde muito cedo que tive carácter de génio).

Claro que também existem algumas desvantagens, e é preciso ter atenção, mas podem mais facilmente e discretamente ser contornadas que o caso do aperto de mão, por exemplo. Imaginemos a partilha de algo comum, e neste caso pode ser bastante repugnante, como no caso do pão do almoço. Aqui a tendência, caso tenha de se partir o pão, é ficar com a parte que ficou na mão direita, deixando a parte que se segurava na mão esquerda... Neste caso, sejam os primeiros a servirem-se ou não comam pão - que engorda bastante!

Por isso compinchas, não esqueçam:
Mão esquerda para manobrar, mão direita para cumprimentar.